domingo, 25 de julho de 2010

Na Forma da Lei

Este blog tem o costume de comentar sobre séries que são exibidas e produzidas na TV norte-americana. No entanto, devo abrir uma exceção dessa vez para comentar uma série digna de aplausos, e que dessa vez é produzida e exibida aqui mesmo. Estou falando sobre a série global “Na forma da lei”.
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A história, para quem não conhece, gira em torno de um grupo de pessoas que se unem a fim de vingar a morte de um amigo, assassinado brutalmente pelo filho de um poderoso senador de Brasília. A premissa da história já é bastante promissora, e o que vemos na telinha é, na melhor das definições, acima da média.
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Num jogo de gato e rato, em que a cada episódio os justiceiros parecem estar prestes a pôr as mãos em Maurício Viegas, este lhes escapa por entre os dedos, finalmente percebe-se certa coragem da TV brasileira em exibir cenas fortes, como a tortura sofrida pelo personagem de Kadu Moliterno no episódio da semana passada que culmina numa execução com um tiro na cabeça, numa cena chocante, tanto pelo desenrolar da história, como pelo fato de que esse tipo de cena ser raro de se ver na TV aberta.
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Claro que nem tudo é perfeito; Luana Piovani definitivamente não convence como uma delegada linha-dura, e o texto por vezes deixa a desejar, como nos diálogos entre Luís Melo e Márcio Garcia, onde os dois atores parecem competir para ver quem faz a melhor cara de mau. Há que se destacar também a falta de aproveitamento de personagens que poderiam ter uma participação melhor, como Carolina Ferraz, Monique Alfradique, Paulo José e Ewa Wilma. Além disso, a qualidade da produção está a anos-luz de alcançar as produções norte-americanas, mas já se percebe que as emissoras brasileiras estão começando a investir melhor no formato seriado, visto que é um produto de duração indefinida.
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Por: "LP"

sábado, 10 de julho de 2010

Crítica: ESPN

Sempre gostei da ESPN. É uma rede de TV que tem mesas-redondas bem legais, com comentaristas especializados e que dão uma boa dinâmica aos assuntos tratados por eles. No entanto, de uns tempos pra cá, venho me desanimando completamente com o que eu vejo lá. Se por um lado não assisto nenhuma discussão sobre futebol no Sportv, por considerá-los um bando de “vaquinhas de presépio”, sem opinião própria e presos pelo acordo da Rede Globo com a CBF, por outro venho criando igual repugnância pela ESPN, que ultimamente tem seus comentaristas se auto-intitulando os “paladinos da justiça”.
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Tal qual aquelas velhas chatas dos desenhos animados, para eles nada nunca está bom, foi OK, foi maravilhoso. Sempre tem um porém, sempre teve algo faltando, e o que é pior: a crítica é sempre feita apenas pelo prazer e pelo “dever” por eles proclamado de criticar. Isso enjoa. Isso dá sono.
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Outro dia, vi o José Trajano (maior expoente desse caminho pelo qual a emissora resolveu enveredar) dizer que o papel da imprensa é “investigar e denunciar”. Ora, não sou jornalista, mas ao que me consta, o papel da imprensa se restringe a informar e principalmente com isenção de fatos. Investigação é trabalho da polícia.
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Assistindo á cerimônia de apresentação do emblema para a Copa de 2014, eu rapidamente mudei de canal para a ESPN, pois fiquei curioso sobre quais defeitos seriam apontados dessa vez pelos “jornalistas sérios e críticos”, a “verdadeira imprensa” como eles mesmos fazem questão de dizer (sem perceber que os elogios verdadeiros são aqueles vindos de terceiros, não de si próprio). Disseram que a cerimônia foi feia, foi sem-graça e criticaram até a dupla de apresentadores do evento, única e somente pelo fato de serem funcionários da Globo, nada mais. Disseram que o emblema é feio, que as músicas foram chatas (nessa hora pensei nas músicas que o José Trajano costuma colocar pra tocar no Pontapé Inicial e contive um riso), e desataram a falar mal da Rede Globo, coisa que já se tornou rotina no canal, esquecendo nesses momentos a ética que eles tanto se orgulham de ter.
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Algumas vezes eles até caem em contradição. O Mauro César Pereira (outro empolgado demais quando tem que criticar alguma coisa), encheu a boca diversas vezes pra dizer que quem faz um trabalho jornalístico sério, o faz com isenção, e que jornalista sério não torce pra time nenhum, nem pro Brasil na Copa. Cinco minutos depois, Juca Kfouri (torcedor declarado do Corinthians), anunciou que torceria pro Brasil com afinco (contive outro riso nessa hora).
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O texto já está longo demais, e tenho outras tantas coisas pra falar sobre isso, mas vou parar por aqui. A ESPN fala tanto que são os “guardiões” da ética e da clareza jornalística, mas aí eu me lembro de uma famosa frase de Platão: “quis custodiet ipsos custodes?”, ou simplesmente “Quem guardará os guardiões?”.
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Por: LP

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Glee: Laryngitis

Comentários do episódio 1x18 de Glee, exibido em 11/05 na TV americana.
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Quando eu digo que Glee tem potencial para nos apresentar episódios em alto nível, e chego até a criticar severamente a série, é porque às vezes eu sinto falta de um episódio como esse “Laryngitis”, de longe o melhor que a série apresentou até agora. E tem um simples motivo: todos tiveram destaque. Nada de overdose de Rachel, todos cantaram seus solos e tiveram histórias desenvolvidas. Simples assim.
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Primeiro: Puck apareceu. Deram uma história bem cool pro personagem, que anteriormente se limitava a coadjuvar as histórias de Finn e Quin. Ele tentando conquistar a garota mais popular do colégio que (pasmem!), era a Mercedes, pra recuperar a sua popularidade foi muito engraçada. Melhor ainda foi o improvável duelo entre Mercedes e Santana, ri alto vendo as duas.
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Segundo: muito bem construída por roteiristas e atores, o desenvolvimento da história de Kurt e seu pai foi lindamente mostrado. Ser a pessoa que você é foi o grande lema do episódio e o Kurt tentando bancar o machão e tendo um caso com a Brittany (!) para depois abraçar o pai chorando foi um ponto alto não só do episódio, mas da temporada toda. Uma coisa que eu gosto muito em Glee, é o fato de o relacionamento entre pais e filhos ser REAL, e não como vemos muitas vezes por aí, com filhos gritando pros pais coisas que sabemos que eles não diriam nem baixinho, quanto mais em voz alta. Os pais não se rendem aos caprichos dos filhos, mas são pais de verdade, como o meu e o seu.
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Terceiro: Rachel me comoveu pela primeira vez na história. Começando com o castigo super bem-merecido da perda da voz justamente quando ela tentava jogar na cara de todos que era a melhor cantora do clube. E o Finn (que já esqueceu tudo o que aconteceu no episódio anterior, diga-se de passagem) resolve levá-la pra ver um garoto tetraplégico (by Luciana da novela). Confesso que nessa hora eu pensei “oh meu Deus, tô vendo a novela das oito, vai começar uma sucessão cafona de clichês que vai me fazer esquecer tudo de bom que teve nesse episódio”, mas a cena foi tão bem escrita, sem cair na pieguice, que até me comovi com a história e fiquei feliz quando Rachel recuperou a voz. Eba!
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Sue Sylvester teve apenas uma cena no episódio todo, mas eu gostei. Virei fã de Jane Lynch.
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Aquela chata que apareceu do nada no episódio anterior também sumiu do nada nesse. Espero que não volte. Jesse não apareceu no episódio. Também não fez falta.
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Por: “LP”

Lost: Across The Sea

Comentários do episódio 6x15 de Lost, exibido em 11/05 na TV americana.
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Ninguém pode reclamar que Lost não traz respostas. Não mais. Se eles revelassem mais do que foi revelado no episódio dessa semana, Lost acabava hoje.
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Se, na semana passada identificamos o Homem de Preto como sendo o grande vilão da trama, hoje vimos os motivos que ele teve para ser assim. Aprisionado desde sempre no lugar que ele odiava e sem ter nenhuma explicação para o fato de não poder sair, criado por uma mãe que lhe enganou a vida inteira (“Tive uma mãe louca.”, lembra da conversa dele com Kate?), dá pra entender perfeitamente como ele acabou agindo posteriormente. E uma coisa que muito me fascina em Lost é o fato de ninguém ser tão onipotente assim. Quem diria que o poderoso Jacob também um dia foi alguém com angústias e sofrimentos?
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Gosto também da dubiedade dos personagens. Ninguém é simplesmente bom ou simplesmente ruim, como muitos insistentemente insistem em mensurar quando comentam Lost. Essa dicotomia bem/mal não se aplica à complexidade da série. Rotular os personagens desse modo é diminuir significativamente o propósito da série.
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Tivemos a explicação da roda construída na estação Orquídea (lembra aquela que o Bem girou?). Tivemos a revelação de quem eram o Adão e Eva, os esqueletos encontrados por Jack e Kate na primeira temporada. Descobrimos como surgiu o monstro de fumaça. Se isso não é um episódio sensacional, não sei mais o que é.
Por: “LP”

sábado, 8 de maio de 2010

Glee: Bad Reputacion

Comentários do episódio 1x17 de Glee, exibido em 04/05 na TV americana
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Não gosto quando Glee deixa a disputa pelo campeonato de lado pra fazer um episódio “encheção de lingüiça”, como foi o dessa semana. Eu já disse isso anteriormente, e repito agora. O episódio até mostrou algumas cenas bem engraçadas, como a dança na biblioteca e o remake da horrível Run Joey, Run (muito hilário o antigo diretor do coral como o pai da Rachel no clip), mas no todo o episódio não passou de um mero filler, e dos bem ruinzinhos.
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Novamente, somente a Sue Sylvester se salvou nesse episódio, com suas tiradas que continuam sensacionais e a performance de Physycal, que ficou bem cool.
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Falando nela, ainda não consigo entender como os personagens principais continuam tão influenciáveis perante a Sue, que já provou de todas as maneiras que não é confiável, e a tonta da vez foi a Emma, e com relação a isso eu só posso dizer que o lado bom foi o fim do relacionamento sem sal dela com o Will.
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Agora, quem diabos é aquela mulher na sala dos professores que entrou do nada na série e não tem graça nenhuma (apesar de se esforçar muito pra isso)? Fisicamente ela parece a Tina Fey. Humoristicamente, parece o Didi.
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E então, eu fiquei na dúvida agora sobre qual é a do Jesse. Ele é ou não um espião do Vocal Adrenaline? Era e não é mais, porque se apaixonou pela Rachel? Ou ainda é, e está fazendo jogo duro só pra Rachel se sentir culpada?
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E a historinha non sense da Glist só serviu pra dar uma finalidade pra Quin Fabray, né? Sério, porque ela estava completamente avulsa nos últimos episódios, a história dela com o Puck não rende e os roteiristas provavelmente tinham que dar uma direção à personagem, porque tirando a conversa dela com a Mercedes no episódio anterior, não lembro de nenhuma cena importante dela desde o episódio 13.
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Gente, não me levem a mal, eu adoro a série (vide meus comentários do episódio anterior), mas que esse episódio foi chato, foi.
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P.S.: Provavelmente daqui a alguns anos, alguém pode usar isso contra mim de algum modo, mas vou falar só uma vez. Total Eclipse of Heart, a música mais brega de todos os tempos, até que ficou bem legal... Pronto, falei!!!
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Por: "LP"

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Lost: The Candidate

Comentários do episódio 6x14 de Lost, exibido em 04/05 na TV Americana.


Terminei de ver o episódio de Lost dessa semana em completo estado de choque. Porque sempre que a série ousava se despedir de um personagem importante (e por importante, leia-se um dos sobreviventes que nos acompanham desde a primeira temporada), nós ficávamos tristes, pensando naquelas mortes que seriam grandes perdas para a série, e também porque já éramos apegados aos personagens. Agora imagina essa perplexidade multiplicada por três!
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O episódio em si já foi espetacular, mas tudo ficou apagado quando o Sayid cometeu um ato heróico, se sacrificando pelos outros (provando que sim, ele ainda tinha bondade em seu coração). Mas o grande momento foi quando Sun fica presa nos escombros do submarino e morre ao lado de Jin, num momento que, com certeza vai entrar fácil, fácil entre os mais emocionantes da história de Lost. Eu particularmente sempre achei a história do casal de coreanos a menos interessante da série, mas é inegável que, a despeito disso, eles tinham uma grande importância na trama.


Então era tudo um plano do Fake Locke? E por um momento eu ainda pensava que ele era gente fina... E agora ele vai “terminar o que começou”. Medo. E o Widmore, pra onde foi? E a Zoe, que eu pensava ter uma maior importância na história? E o Jacob, que sumiu? E onde foram parar o Ben, o Miles e o Richard Alpert?
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Só mais uma coisa: o Hurley chorando a morte dos amigos foi a coisa mais triste que eu já vi em Lost.

Por: "LP"

domingo, 2 de maio de 2010

V: Heretic’s Fork e Fringe: Brown Betty

Comentários do episódio 1x09 de V, exibido em 26/04 na TV americana, e do episódio 2x20 de Fringe, exibido em 29/04 também lá fora.


Desde que foi anunciado que algumas séries da rede ABC, inclusive Fringe, iriam fazer uma homenagem a Glee, com episódios musicais, imediatamente fiquei com um pé atrás, porque apesar de gostar das duas séries, qualquer um percebe que são completamente diferentes.
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E o que passou essa semana nos EUA, até que não foi ruim. Construíram uma história bonitinha, com a parábola do coração de vidro, com aquela aura de filme noir, com os personagens em looks bem anos 50. E olha que o Walter e a Olivia cantando foi bem legal, e o Peter dançando com a Olivia foi muito cool. E eu acho que em circunstâncias normais nunca veríamos o Broyles sentado na frente do piano, cantando blues com um chapéu panamá na cabeça. E o que foi o Walter fumando maconha? E o que foi um bando de Observadores trabalhando a serviço da fake Massive Dinamic?
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No entanto, eu acho que esse é um tipo de episódio que, se feito, deveria fazer parte de um começo de temporada, e não nessa etapa em que a história está pegando fogo e estamos preocupados mais com o que aconteceu com o Peter e quem era o homem do outro lado da ponte. Tudo bem que serviu pra gente se divertir um pouco com a série, que normalmente tem um clima mais sombrio, mas definitivamente esse é um tipo de episódio que não combina muito com o que a série propõe.
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V essa semana foi bem caído né? Tipo, o episódio dessa semana toda vez que prometia algo, decepcionava.
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1) O Ryan diz pra Val que vai levá-la pra um local em que os V nunca a encontrariam... e é apenas uma casa na montanha.
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2) A Anna diz que vai mandar um dos temidos soldados que nunca pisaram na Terra pra achar a Val, e nós ficamos morrendo de medo... e é apenas um V um pouquinho mais resistente.
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3) O carinha que foi pego pela Quinta Coluna finalmente captura alguém que pode dar várias informações sobre os V... e é apenas um humano que adora os V porque curaram a filha dele.
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4) A Érika decide contar a verdade pro Tyler... e desiste pela milésima vez.

Fora que nada de mais importante aconteceu né? Pra não dizer que nada de legal aconteceu nesse episódio, o ponto alto foi o Chad, que se antes era um personagem bem chato, agora está segurando o episódio nas poucas cenas em que aparece (a que ponto chegamos...).
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Pra encerrar, quem mais torce pra que o Tyler tenha uma morte lenta e dolorosa?
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Por: “LP”